Queridos leitores,
Este ano, em que nosso grupo completa 10 anos de existência e resistência, será marcado por três atividades principais, que compartilhamos desde já com vocês.
A primeira, vem sendo elaborada desde meados do ano passado. Trata-se de um espetáculo que aborda a questão da SAUDADE, e que reúne, em sua poética, questões investigadas pela diretora e atriz Desirée Pessoa, e pela atriz convidada do Grupo Neelic, Márcia Donadel. Juntas, e com a colaboração de Christiano Buys, músico e ator, como convidado deste projeto, as artistas se propõem à testagem, na elaboração de um espetáculo, de técnicas experimentadas no campo prático e estudadas teoricamente, durante o curso de Mestrado no PPGAC - IA - UFRGS, onde foram colegas. Cada ensaio é uma descoberta fascinante. Estamos em pleno desenvolvimento, e ainda antes do fim deste ano você poderá compartilhar conosco da lindeza que (já temos certeza pela beleza dos ensaios) ficará nosso espetáculo lírico-dramático-pós-dramático-performático-musical, hehehe.
Aqui, uma fotinho para nos inspirar!
A segunda, é uma proposta de pesquisa sobre os aspectos da cultura latina que podem influenciar e interferir na elaboração da cena. Neste projeto estão engajados os atores do Grupo Neelic, PabloCorroche, Fabiana Montin e Vanda Bress, que, juntamente com a convidada Renata Stein, sob direção de Desirée Pessoa, se dedicam bravamente a encontros para estudos iniciais sobre o tema, que incluem também as parceiras convidadas Luciana Hoppe e Viviane Gawazee, e o trabalho de projeto com Inês Hübner.
Por fim, Desirée Pessoa se confronta uma vez mais como atriz em um espetáculo solo, que será a continuação e evolução de Portas do Invisível, criado em 2012. Em busca do avanço de sua pesquisa de trabalho autoral, o encontro com a bailarina Luciana Hoppe foi e está sendo fundamental. Conceber, dirigir e atuar em Olhar de Frente (nome do novo espetáculo) será um processo de grande entrega por parte da atriz e diretora, que certamente gerará um ambiente de intimidade muito profunda com o espectador. Falar em ritual, neste caso, não é exagero. No Portas, algumas questões nos deixaram desejosos de uma maior profundidade. Pensamos inicialmente em criar uma versão revisitada da peça. Porém, ao começar a abrir as questões, percebemos que eram tantas, e tão grandes, que resultariam em um novo espetáculo, inevitavelmente. Medo, nunca tivemos. Temos neste momento o privilégio do encontro com a Lu Hoppe. Então, mãos (e corpo) à obra!