segunda-feira, 27 de agosto de 2012

E pra quem quer um cineminha nesta semana...

E pra quem quer um cineminha nesta semana chuvosa... segue a programação do Guion!

Se tens dúvidas, os contatos deles são: Rua Gen. Lima e Silva, 776 / Fone: (051) 3221.3122 - Porto Alegre, RS. E o site: http://www.guion.com.br



GUION CENTER 1
Som reproduzido em DOLBY DIGITAL 650
AQUI É O MEU LUGAR
120MIN/ 12 ANOS 
SEXTA/24, SÁBADO/25 e DOMINGO/26 – 14h40 – 16h50 – 19h00 – 21h15 
DE SEGUNDA/26 a QUINTA/30 – 14h40 – 20h15

O músico DAVID BYRNE (Talking Heads) participa do filme, interpretando a si mesmo e compõe a trilha. 
Cheyenne (Sean Penn) é um astro da música de 50 anos de idade, afastado dos palcos há mais de duas décadas. Deprimido e refém de sua própria fama, ele vive de renda, deprimido e angustiado. Quando recebe a notícia que seu pai, a quem não via há 30 anos e com quem tinha cortado relações, está muito doente, resolve visitá-lo em Nova Iorque, mas chega tarde demais.



GUION CENTER 2
Som reproduzido em DOLBY DIGITAL 650
ATÉ A ETERNIDADE
155 MIN/ 12 ANOS 
SEXTA/24, SÁBADO/25 e DOMINGO/26 – 15h00 – 17h50 
DE SEGUNDA/26 a QUINTA/30 – 15h00 – 20h
INDICADO AO CÉSAR 
MELHOR ATOR COADJUVANTE (GILLES LELLOUCHE)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE (VALÉRIE BONNETON)

Apesar de um evento traumático, um grupo de amigos decide manter as férias anuais na praia. A relação entre eles, suas convicções, senso de culpa e amizade serão levados às últimas conseqüências. Finalmente, eles serão forçados a confessar as mentiras que têm contado uns aos outros.


GUION CENTER 3
VIOLETA FOI PARA O CÉU
110MIN/ LIVRE 
20h30

PREMIADO NO SUNDANCE FILM FESTIVAL 2012
VENCEDOR DA CATEGORIA ‘WORLD CINEMA DRAMATIC COMPETITION’ (GRANDE PRÊMIO DO JÚRI INTERNACIONAL DO CINEMA MUNDIAL DRAMÁTICO).
22º CINE CEARÁ
VENCEDOR DO TROFÉU MUCURIPE NAS CATEGORIAS: MELHOR LONGA METRAGEM, MELHOR ROTEIRO E MELHOR EDIÇÃO.
TOULOUSE LATIN AMERICAN FILM FESTIVAL 2012
PRÊMIO DO PÚBLICO.
FESTIVAL DE CINE IBEROAMERICANO DE HUELVA 2011
PRÊMIOS: COLÓN DE PLATA MELHOR ATRIZ (FRANCISCA GAVILÁN); 
COLÓN DE PLATA MELHOR DIRETOR (ANDRÉS WOOD).
FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINE EN GUADALAJARA 2012
PRÊMIOS: MELHOR ATRIZ (FRANCISCA GAVILÁN) E PRÊMIO FIPRESCI.
MIAMI INTERNATIONAL FILM FESTIVAL 2012
PRÊMIO: GRAND JURY DISCRETIONARY PRIZE.
OSCAR ACADEMY AWARDS 2012
INDICADO PELO CHILE PARA CONCORRER AO OSCAR DE MELHOR FILME ESTRANGEIRO.
GOYA AWARDS 2011
INDICADO PELO CHILE PARA CONCORRER AO GOYA, PRÊMIO DA ESPANHA.

“Escreva como você gosta, use os ritmos que aparecerem, tente diferentes instrumentos, sente-se ao piano, destrua o que é linear, grite ao invés de cantar, arrase na guitarra e toque a buzina. Odeie matemática e ame redemoinhos. Criação é um pássaro sem um plano de vôo, que nunca irá voar em uma linha reta.” Violeta Parra.
“Violeta foi para o Céu”, conta a história da compositora, cantora e folclorista chilena Violeta Parra, da infância humilde ao reconhecimento internacional, passando pela intensidade de suas contradições internas, falhas e paixões.
Baseado no romance homônimo de autoria de Ángel Parra, filho de Violeta, o filme de Andrés Wood faz um retrato da famosa cantora e folclorista chilena Violeta Parra, preenchido com seu trabalho musical, suas memórias, seus amores e esperanças. O filme é uma co-produção entre a produtora brasileira BossaNovaFilms, a chilena Wood Producciones e a argentina Maiz Producciones, e a distribuição é da Imovision.



GUION CENTER 3
NA ESTRADA
140MIN/ 16 ANOS 
18h00
UM FILME DIRIGIDO POR WALTER SALLES
BASEADO NO ROMANCE “ON THE ROAD”, DE JACK KEROUAC

Nova York, final dos anos 40: Na Estrada conta a história do jovem escritor Sal Paradise (Sam Riley), cuja vida é sacudida e inteiramente transformada pela chegada de Dean Moriarty (Garrett Hedlund), um jovem libertário e contagiante, recém-chegado do Oeste com sua namorada de 16 anos, Marylou (Kristen Stewart). Juntos, Sal e Dean cruzam os Estados Unidos em busca da última fronteira americana e à procura deles mesmos. Na viagem, ultrapassam todos os limites conhecidos...Ritmado por sexo, drogas e jazz, o filme é baseado em On the Road, o romance cult de Jack Kerouac, que lançou as bases da geração Beat. Na Estrada também narra a história de um bando de jovens extraordinários, Bull (Viggo Mortensen), Camille (Kirsten Dunst), Carlo (Tom Sturridge) e Jane (Amy Adams), que se libertaram do conformismo conservador de sua época para seguir seus próprios caminhos, impactando gerações até os dias de hoje.
“Pessoas de verdade são as loucas, aquelas que são loucas para viver, loucas para falar, loucas para serem salvas, que desejam tudo ao mesmo tempo e já, aquelas que nunca bocejam”.




domingo, 26 de agosto de 2012

Estão à venda os ingressos do Em Cena!


Pessoal!

Abriram hoje as bilheterias para o 19º Porto Alegre Em Cena, nosso maior festival de teatro na capital gaúcha.

Abaixo, segue o texto de apresentação do festival deste ano, constante no site do Em Cena (http://www2.portoalegre.rs.gov.br/poaemcena/), escrito pelo seu diretor, Luciano Alabarse.

A foto que se segue é de um dos mais destacados espetáculos deste ano, Mãe Coragem, do Berliner Ensemble.

Então, nos encontramos nos teatros da cidade!!!



Apresentação do 19º Porto Alegre Em Cena

Porto Alegre Em Cena.
Dezenove anos.
Trajetória validada: referência/ culto/ totem/ acesso.
Antes: vontades/ desejos/ sonhos/ ideias/ ideais.
Agora: trabalho/ antenas/ pontes/ paisagens.
A História de um festival reconhecido no mundo. 
A cidade preenchida: circuitos ligados/ vazios substituídos/ emoções seminais.
Muito tempo. Pouco tempo. Todo o Tempo.

Num país onde iniciativas culturais são marcadas pela instabilidade efêmera, o PORTO ALEGRE EM CENA atinge sua maioridade com potência, força e qualidade crescentes e, por isso, é hora de reconhecer o trabalho de tantos que participaram dessa marcha, colaborando decisivamente para solidificar esse percurso, marcado por momentos magníficos / surpreendentes / belos / incríveis, num evento que transformou o horizonte cultural da cidade. É o momento de lembrar a Secretaria Municipal de Cultura como principal avalista e fomentadora do festival. É, também, a ocasião adequada para agradecer aos patrocinadores que apóiam e consolidam seu crescimento anual e de dizer “obrigado” ao público  que, ano após ano, não para de crescer.

A grade de programação do 19º PORTO ALEGRE EM CENA está, mais uma vez, surpreendente / estimulante / provocadora / plural, e imantará o imaginário coletivo da cidade com momentos de beleza inesquecível / epifanias / estranhamentos, o papel central  de um verdadeiro festival de artes cênicas.

Asseguro que a equipe constitutiva do Em Cena e eu chegamos à sua maioridade sem acomodações ou preguiça - porque a programação artística de um festival de tal porte não pode se acomodar / temer críticas / estacionar em zonas de conforto desconfortáveis.  Alguns dos maiores criadores contemporâneos estarão novamente entre nós, a mostrar que “a vida é amiga da arte” e que Porto Alegre está preparada para reconhecer/saborear e aplaudir os trabalhos desses artistas geniais.

Muito tempo. Pouco tempo. Todo o Tempo.
A cidade preenchida: circuitos ligados/ vazios substituídos/ emoções seminais.
A História de um festival reconhecido no mundo.
Agora: trabalho / antenas / pontes / paisagens.
Antes: vontades / desejos / sonhos / ideias / ideais.
Trajetória validada: referência / culto / totem / acesso.
Dezenove anos.
Porto Alegre Em Cena.

LUCIANO ALABARSE
Coordenador Geral

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

De nossa Escola de Teatro: Promoção pra quem ainda não viu!


Pessoal!

Vamos fazer uma apresentação extra da peça de nossa Escola de Teatro, que está em cartaz, e como ficamos muito felizes com isso, lançamos a seguinte promoção: a cada 3 ingressos comprados, um é free. Então, se você quer ir, convide 2 amigos e GANHE um ingresso!!!

Então, atenção: é nesta sexta, dia 24.08, às 20h, na Casa de Cultura Mario Quintana (no Teatro Bruno Kiefer - 6º andar).

Olha o cartaz, que lindão!!!


Te esperamos.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Momento de suspensão


Sempre considerei a noção de suspensão uma das mais interessantes do teatro. "Suspensão não é congelar", dizia um diretor com quem trabalhei há tanto tempo que já (quase) nem lembro. Suspensão tem vida correndo nas veias, tem a esperança de que algo aconteça, o potencial da explosão - apenas ainda não se concretizou. Está no momento imediatamente anterior. Significa que algo aconteceu, que deixou tudo pairando no ar. Como naqueles momentos da vida nos quais você reconhece que encontrou o grande amor. Ou nos quais algo extraordinário está para ocorrer e parece que o tempo desacelera a tal ponto, que a impressão que temos é a de paralisia no próprio tempo. Mas eis a diferença: não parou. Está tudo lá, agitado, borbulhante. Apenas com externa aparência de imobilidade.

Estava pensando na noção de suspensão a propósito da última decisão que tomamos no Grupo Neelic: a de NÃO estrear a peça O Homem Sentado no Corredor neste momento de nossas vidas. Já afirmo de antemão que de forma alguma tratou-se de uma decisão fácil. Porém, acreditamos mesmo ser a mais sábia -  pelo menos sob o ponto de vista que somente podemos vivenciar no aqui-agora. O "bendito" e fatal 'excedente da visão', como dizia Bakhtin, do qual todos somos reféns.

Este post trata-se de um esclarecimento público, mas também de um compartilhamento de sentimentos a respeito do fato de trabalharmos com este tão delicado ofício que é o tal fazer artístico. 'Arte', dizia uma professora que muito marcou minha trajetória, 'por vezes tem mais a ver com aquilo que se escolhe negar do que com aquilo que se escolhe fazer'. Sim, negar é uma escolha. Acredito sinceramente que seja mais definitiva do que fazer. Saber negar requer uma abertura, um desprendimento do qual nem sempre sinto que sou capaz. Sobretudo devido à dúvida quanto ao acerto da decisão. Fazer, eu sei. Negar, não sei se sei. Mas sigo experimentando. Afinal, foi pelo amor à arte experimental que me dediquei nos últimos quase 10 anos ao Grupo Neelic (Núcleo de Estudos e Experimentação da Linguagem Cênica). Este conjunto de pessoas amorosas e dedicadas que alimentam juntamente comigo nossos sonhos e projetos coletivos, que me dão espaço para ser, viver e experimentar, e às quais venho em troca me dedicando por um terço da minha vida, já.

Quando penso nisso - no tempo que passou e em tudo o que vivemos e fizemos, sinto uma calma felicidade. E é por pensar que este sentimento não poderá estar-me enganando que percebo que a suspensão deste espetáculo tem mais a ver com um senso de momento do que com desistência. Não chegamos onde desejávamos neste instante, apenas. E então, eis que percebemos a valiosíssima vantagem da arte independente: somos donos de nossos passos. Não tendo um financiamento que nos imponha um limite de data de estreia, temos a opção de amadurecer ainda mais a obra que acreditamos necessite de um maior tempo. O bom vinho tem seu tempo. Assim, o teatro. Não é à toa que o deus grego de ambos é o mesmo: nosso querido Dioniso.

Penso nesta suspensão e penso em Nietzsche. Penso em deserção. Busco e encontro no site flanagens.blogspot.com.br as palavras:

"O equivalente espontâneo do desterro é a deserção. Desertar é ousar por conta própria enfrentar a solidão dos desertos. O gesto de insana lucidez do Timão de Atenas shakespeariano. Deserção de um rebanho, de uma facção, de uma versão compartilhada, de uma forma de vida genericamente aceita."

E aí percebo que talvez seja exatamente isso: estamos, neste momento, ousando, por conta própria, enfrentar a solidão dos desertos. O que encontraremos? Ainda não sei. Só o tempo dirá. Sei que fui designada por meu grupo - ao qual amo e me dedico com carinho - para trazer este recado a você que agora nos lê: esperemos. Um pouco mais. Dias? Semanas? Anos? Não sei. Não sabemos. Ainda. O tempo dirá. Ele sempre diz. Feliz de quem tem a percepção de entender seus indicativos.

Estamos certos na decisão? Estamos errados? Não é questão para certos ou errados. Agora sim trazendo Nietzsche em suas próprias palavras: 

"Cada filosofia é uma filosofia de fachada – eis um juízo ermitão: "Há algo de arbitrário se aqui ele se deteve, olhou para trás, olhou em torno de si, se aqui ele não cavou mais fundo e pôs de lado a enxada – há também algo de desconfiado nisso."
Cada filosofia esconde também uma filosofia; cada opinião é também um esconderijo, cada palavra também uma máscara."(*)

Assim, amigos, colegas de profissão, companheiros de jornada, me despeço por hoje. Sempre na expectativa de um dia mais colorido que o anterior. De um amor maior pela vida e pelo ser humano. Sem "humanismos", também. Na certeza de que a única certeza é a de que vamos errar e permanecer tendo dúvidas. Esperando sinceramente perceber onde o acerto estiver se escondendo. Des-cobrir. Exercitar a valiosa descoberta de estarmos vivos a cada dia. Extrair o melhor de cada dia. Somos quem somos, e somos felizes. Só isso já é um monte de coisa. 

Evoé, Baco! Evoé, meus amigos pessoais e companheiros fiéis de Grupo Neelic, fundamentais neste processo, no caminho que vamos construindo: Fabiana Montin, Vanda Bress, Pablo Corroche, Anelise Vargas, Eduardo Cardoso, Guilherme Dal Castel, Adriano Roman e ao nosso querido fotógrafo Kiran León. 

Um abraço, com carinho.

Desirée Pessoa.


(*) NIETZSCHE, Friedrich. Para além de bem e mal - prelúdio de uma filosofia do porvir. in: NIETZSCHE, F. Obras incompletas. (Trad. Rubens R. Torres Filho). São Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 336.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O Erótico na Arte


Galera, um pouco mais sobre a presença do erótico na arte:

"Em todos os tempos a arte sempre procurou mostrar os mistérios, tabus, gostos, preferências, hábitos e conflitos de cada época da humanidade.
A velha Índia é o berço das mais exóticas criações do mundo erótico: Templos forrados de  esculturas eróticas; objetos de arte em sexo explícito; o Kama-Sutra e o Ratiroshaya são obras nascidas da sabedoria que codificou o Maythuna "ioga do sexo".
As sublimes obras de Michelangelo, Rubens e Leonardo da Vinci cultuadas e admiradas ao longo dos séculos; o nobre burguês Toulouse Lautrec que pintava suas prostitutas preferidas; as gravuras eróticas de Picasso conhecidas do público a partir dos anos 70 são verdadeiras explosões de sexo;  Rubens, Courbet, Parcim, Degas, Lautrec, Marquet, Achiles Devéria, Jean Cocteau, Barret e tantos outros que retrataram sem preconceitos o amor entre iguais; a arte milenar do Oriente com destacados artistas  como Torií Kiyonobu, Eizan, Mosanobu Kitao, além de outros talentosos do velho mundo.
O Museu Nacional de Arqueologia de Nápoles possue uma das mais finas coleções de arte erótica de todo o mundo. Vasos, objetos eróticos e afrescos resgatados de Pompéia, retratando cenas de sexo explícito, sadomasoquismo, sodomia, lesbianismo, sexo bestial, etc.
Pela arte tão antiga podemos constatar que os preconceitos de nossos dias seriam motivos de muita estranheza naqueles tempos. O que hoje causa tanta polêmica é tão antigo quanto a própria humanidade."


E nós seguimos pesquisando.





O homem sentado no corredor - dados do texto


Oi, gente!

No texto original de Marguerite Duras, O Homem Sentado no Corredor, sobre o qual estamos nos debruçando para criar uma peça homônima, é o "próprio narrador comete uma violência, sendo voyeur da cena que  narra. Ele é uma presença quase física ao lado do casal, produto da intimidade, ou promiscuidade mesmo, permitida pela palavra (“Falo com ela e digo-lhe o que o homem faz. Digo-lhe também o que é feito dela. Que ela veja, é o que eu desejo”). Por isso, O homem sentado no corredor não é um instante fotografado verbalmente, uma imagem pictórica; não é momento fixado nem epifania. É uma irrupção da linguagem escrita entre o movimento dos corpos, o furor passional, o autismo e a necessidade de atos físicos violentos, sempre com o mar ao fundo, que caracterizam os casais durasianos."

Estes dados enconramos no blog http://armonte.wordpress.com/tag/o-homem-sentado-no-corredor/. Fica a dica pra quem quiser ler mais.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Mais materiais sobre sexo e erotismo

Ainda nos preparando para a estreia de O Homem Sentado no Corredor, seguimos postando por aqui materiais úteis em nossa pesquisa. Interessam-nos informações sobre sexo (liberado), erotismo, sensualidade, sedução, despudor.

Abaixo, link interessante sobre Shibari, na Revista Época.


Um pedacinho da matéria: 

"Um orgasmo de ponta-cabeça, com o corpo tão imobilizado que é impossível até se contorcer de prazer. Parece loucura e cena de exorcismo, mas tem muita gente que se amarra neste tipo de fetiche. Literalmente, com cordas e nós. Oriental, a técnica sadomasoquista é conhecida como Shibari e faz parte do Bondage (práticas sexuais de  imobilização do parceiro com correntes, camisa de força ou qualquer material). Em outras palavras, é tortura erótica pra valer. Nada de venda para os olhos e algemas de pelúcia. Para os praticantes de sadomasô, se você “não sabe brincar, nem desce pro play”."


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

"Por que a imagem da vagina provoca horror?"

Bom dia pessoal!

Em meio às pesquisas para O Homem Sentado no Corredor, encontramos a matéria "Por que a imagem da vagina provoca horror?", de Eliane Brum. 


Na matéria, a jornalista cita o quadro que está abaixo, que se chama "A Origem do Mundo". Achei que devíamos compartilhar, já que estamos mergulhados na pesquisa, neste momento. Aqui, vai só o comecinho, mas leiam no site da Época a matéria toda, que vale a pena.

"Muitos anos atrás, não sei precisar quantos, deparei-me com o quadro A origem do mundo (L’Origine du Monde, 1866) e me encantei. Nele, o francês Gustave Courbet pinta uma vagina. Cheguei a ela desavisada e fui tomada por uma sensação profunda de beleza. Forte o suficiente para sonhar, deste então, com a compra de uma reprodução, um plano sempre adiado. Quando passei a trabalhar em casa, há dois anos, desejei ainda mais ter o quadro na parede do meu escritório, onde reúno tudo aquilo que me apaixona em um pequeno universo perfeito e só meu. No último aniversário, em maio, meu marido me deu a reprodução de presente. Só na semana passada, porém, o quadro chegou da vidraçaria onde fez escala para receber moldura. Então, algo inusitado aconteceu. 
Ouvi um grito:
- É o fim do mundo!
Eu estava no quarto e saí correndo, alarmada, para ver o que tinha acontecido. Encontrei Emilia, a mulher que limpa nossa casa uma vez por semana, com o rosto tomado por um vermelho sanguíneo, diante de A origem do mundo, que, ainda sem lugar na parede, jazia encostado em um armário.  
- É o fim do mundo! – gritava ela, descontrolada. – Nunca pensei ver algo assim na minha vida! Eliane, que coisa horrível!"




Sobre o quadro:
"Estávamos em 1866 e Courbet era já um pintor conhecido em França pela sua destreza técnica mas sobretudo pela sua atitude crítica e corrosiva em relação à sociedade e moral burguesas, que não perdia ocasião de afrontar. Courbet era um socialista convicto, arrogante e autoconfiante, é preciso dizer. No entanto talvez isso não baste para justificar a obra que realizou nesse ano e que havia de o celebrizar mais do que todas as outras. Ao representar frontalmente as coxas e o sexo de uma mulher, AOrigem do Mundo abalou profundamente o meio artístico da época."